Transformação após o susto: colaboradores relatam nova vida após abandonarem o fumo

Suspeita de câncer, recomendação para não viajar de avião, tosse e pés inchados: veja os depoimentos de funcionários que, temendo pela vida, decidiram lutar contra o vício do cigarro

Um nódulo no pulmão acendeu o alerta contra o tabagismo para Sheila Costa.  “Será que não verei meu filho crescer e formar família?”, era uma das perguntas que angustiavam a analista de Recursos Humanos após ter recebido o aviso do médico para que procurasse com urgência um pneumologista.

No caso de Marcelo Soares, a luta para abandonar o cigarro veio de uma sequência de informações igualmente preocupantes também dadas por um especialista: extremamente envelhecidas, as artérias do gerente de Operações pareciam ser de uma pessoa com mais de 80 anos. Pés dormentes e inchados e a recomendação de que não viajasse de avião por causa do risco de despressurização da cabine e comprometimento do sistema circulatório completavam o temeroso quadro.

Sheila e Marcelo, hoje, não fumam mais, porém sabem que a luta para se manterem afastados do tabagismo é um desafio diário. Estão longe do cigarro, sobretudo, pelos sustos por que passaram e pela conscientização conquistada ao longo dos anos. 

Os depoimentos dos dois colaboradores foram destaque no bate-papo sobre “O tabagismo e a experiência de quem já deixou de fumar”, em live transmitida no último dia 4 de outubro no canal Comunicação Energia, no YouTube, como parte do programa “Momento Saúde”.  

A conversa foi mediada pela jornalista Dani Klein, consultora de Comunicação e ESG das empresas do Grupo, e contou com a participação do analista de Comunicação Osvaldo Santos, que trouxe informações sobre a campanha “Cigarro e vida: não rima”.


 

Terror após mais de três décadas com o cigarro

O cigarro foi o companheiro inseparável de Sheila por 34 anos. O vício começou aos 16, fumando com os colegas da escola, às escondidas.  “Achei que seria uma coisinha à toa, mas acabou que se prolongou. E eu continuei. Por muito tempo, né? Tinha vários problemas de saúde. Fiz cirurgia bariátrica uns anos atrás e mesmo assim não parava. Na minha cabeça, eu marcava: na segunda-feira, eu paro de fumar.”

Várias segundas-feiras passaram sem a promessa ter sido cumprida. Até que um dia o desespero bateu de modo muito mais forte. O detalhe é que a ida ao Pronto-Socorro, o estopim que causou essa transformação, foi para investigar uma dor de barriga, com suspeita inicial de apendicite, que não se confirmou. “Mas o médico que me atendeu disse: ‘Procure um pneumologista porque eu vejo um módulo bem significativo no seu pulmão’. Fui para casa desnorteada. Fumei o restinho da tarde e à noite. Mas aí aquilo já virou a chave para mim.”

A biópsia feita semanas mais tarde mostrou que o nódulo era benigno, mas o fato de ter de procurar um Hospital do Câncer para se submeter ao procedimento já bastou para Sheila decidir nunca mais tocar no cigarro. O nome “câncer” soava como um perigo iminente. “Bateu aquela dor no coração. Eu tenho um filho, eu tenho um marido, eu tenho família. Eu posso morrer a qualquer momento por causa do cigarro. No dia 9/09/2019, eu não fumei mais. E eu digo: não voltarei mais a fumar.”

 

Cada história, uma história

A história de Marcelo Soares com o cigarro seguiu uma trajetória um pouco diferente da de Sheila. Ele está na terceira parada. “Comecei a fumar em 1997. Em 2009, a empresa onde eu trabalhava fez também uma campanha antitabagismo, com apoio de psicólogo. Fiz as consultas. E aí me prescreveram o Champix (medicamento para o tratamento do tabagismo). Foi a primeira vez que parei de fumar. Aí eu mudei de emprego, e o estresse voltou. Como eu não tinha levado um susto de saúde ainda, acabei voltando a fumar depois de um ano, até 2015”, recorda-se.

A segunda parada foi motivada por uma tosse insistente e uma respiração insuficiente, com noites maldormidas. Era uma nova tentativa.  O retorno ao fumo veio, também, após um ano. 

O gerente de Operações passou a consumir até duas carteiras por dia –  quando bebia, chegava a três carteiras. Com o novo alerta, uma nova tentativa vem sendo empreendida desde então, já como colaborador da Tropicália. 

 “Meu pé estava dormente, tinha dormência na perna também, e meu pé inchava. Fui procurar um cardiologista. Ele me assustou e falou: ‘Tá na hora de você pensar em parar de fumar e parar de beber, porque todas as artérias estão envelhecidas, provavelmente  devido ao grande volume de cigarro que você fuma. As suas artérias hoje estão com mais de 80 anos. Então é bom você repensar sua vida, se você quer continuar fumando ou não’.”

Marcelo prossegue: “E aí fiz uma nova consulta. Foi a uma pneumologista aqui, com prescrição novamente do Champix. Não sou garoto-propaganda de Champix, mas fica difícil parar de fumar não usando.  É um remédio que ajuda muito a transição. Quem tá a fim de parar e não consegue tem que procurar ajuda no psicólogo. Ver a melhor opção.”

Para Sheila, que fez uso de pastilhas e adesivos no começo para conseguir largar a compulsão, a volta ao fumo é algo fora de cogitação. Nessa batalha, até chupar gelo frequentemente serviu para escapar da tentação. Por tudo que viveu, ela sentencia: “Com a mesma certeza de que um dia eu vou morrer, eu afirmo que não volto a fumar. Fico imaginando o mal que eu fiz pro meu filho quando era pequeno, quando eu fumava perto dele”.

 

Atenção à saúde

O bate-papo no canal Comunicação Energia trouxe informações importantes ao longo de uma hora. Na abertura da live, a palavra do CEO do Grupo, Marcelo Oliveira, reforçou a relevância da campanha “Cigarro e vida: não rima”, que foi encerrada com essa transmissão ao vivo.

“Todos nós às vezes somos um pouco desatentos com a nossa saúde. A gente precisa ter mais atenção com isso, e o tema de hoje é muito importante. Todo mundo sabe, até os que fumam, que o cigarro não faz bem para saúde, mas a dificuldade às vezes em ultrapassar essa barreira nos leva a continuar fumando. O objetivo é trazer a experiência de pessoas que já passaram por isso, venceram e podem afirmar, com certeza, que têm uma qualidade de vida melhor do que tinham quando estavam fumando”, destacou Marcelo Oliveira.

 

Relembre as ações da campanha

A campanha “Cigarro e Vida: não rima” chega ao fim com resultados muito positivos. A empresa ficou responsável por trazer orientações e dicas de saúde, atendendo ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 da ONU – saúde e bem-estar, um dos compromissos internacionais pactuados pela companhia.

As ações começaram em julho, mês que antecede a celebração do Dia Nacional de Combate ao Fumo (28/8), já promovendo iniciativas de reflexão para sensibilizar os colaboradores.

Em  19 de julho, a enfermeira Gisele Gomes da Silva apresentou uma palestra muito esclarecedora no canal da Comunicação Energia, também no programa “Momento Saúde”.

Ela informou que as ameaças do tabagismo têm como rastilho a primeira tragada por um fumante ativo, mas a força da fumaça propagada é muito mais avassaladora e afeta até quem nunca colocou ao menos um cigarro na boca.

 

Corrida pela saúde

A campanha também ativou o modo “atleta” das equipes. No dia 3 de setembro, colaboradores da Tevisa, da Linhares Geração S.A e da Povoação Energia, foram às ruas da Praia da Costa, em Vila Velha (ES), para participar da Corrida Track&Field Run Series. O pagamento da taxa de participação foi desembolsado integralmente pelas empresas.

Um evento semelhante ocorreu em 24 de setembro. Foi a corrida Circuito das Estações no Rio de Janeiro. Os colaboradores que trabalham no Estado fluminense também tiveram a oportunidade de se inscrever gratuitamente, pois o Grupo cobriu a taxa de participação.

Osvaldo Santos ressalta que os colaboradores que se despertaram para o desejo de parar de fumar podem procurar o RH a fim de buscar ajuda para esse desafio. “Os Recursos Humanos vão ajudar intermediando nessa assistência do plano de saúde e na busca por profissionais. Além disso, temos o nosso auxílio-medicamento, que pode ajudar na questão financeira”, informou o analista de Comunicação.

O jornalista lembra, ainda, que as ações de conscientização pela saúde continuam neste mês de outubro, com as atividades ligadas ao Outubro Rosa, mobilização contra o câncer de mama.

Publicado por KICK

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Compartilhar no google
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no pinterest
Compartilhar no print
Compartilhar no email

Este site não coleta cookies e usa dados pessoais de acordo com o nosso Aviso de Privacidade . Para mais informações, consulte AQUI. Ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.